O que a palavra triagem tem a ver com o contexto de guerra? Começamos este conteúdo desvendando uma curiosidade sobre a etimologia da palavra TRIAGEM, que atualmente representa uma importante etapa da recepção clínica desempenhada em hospitais e clínicas de todo o mundo.
Explorando mais este tópico, triagem tem sua origem no verbo “trier” do francês “separar”, que se popularizou como uma etapa no organismo da operacionalização médica em períodos de guerras (Século XIX), onde os soldados eram separados por ordem de prioridade (risco de morte), a fim de que médicos e enfermeiros pudessem organizar uma fila de atendimento prioritário.
Desde este contexto, a palavra triagem deu origem ao que muitas instituições estabeleceram como um setor específico em suas etapas operacionais clínicas.
Neste conteúdo, não apenas vamos abordar dados relevantes sobre a importância de um processo de triagem bem desenhado, como também iremos fornecer dicas com base em nossa experiência com grandes hospitais e clínicas que já operam de acordo com as melhores práticas da atualidade.
Continue lendopara absorver um conteúdo rico que pode transformar a forma como você enxerga o setor de triagem dentro da instituição onde você atua.
O que é triagem afinal?
Triagem é um setor presente na maioria das organizações ligadas à saúde como hospitais e clínicas, cujo propósito é realizar uma análise prévia da condição do paciente a fim de classificar seu nível de prioridade de atendimento.
São muitos os pacientes que passam pela recepção clínica ao longo de um dia, cada qual apresentando uma condição de saúde diferente, porém, não cabe ao hospital ou clínica apenas atender as pessoas de acordo com a ordem de chegada, visto que, a demora no atendimento em ocorrências que podem apresentar gravidade podem agravar o quadro de saúde do paciente caso não haja uma atendimento prioritário.
Exemplos de condições de saúde que exigem prioridade no processo de triagem
As regras de atendimento prioritário em estabelecimentos já existem no Brasil e devem ser aplicadas em todas as instituições, públicas ou privadas, que lidam com atendimento ao público.
A Lei Federal nº 10.048/2000, através do Decreto Federal nº 5.296/2004 garantem atendimento prioritário a grupos determinados de pessoas, principalmente aquelas que apresentam necessidades especiais como:
- idosos,
- gestantes
- lactantes
- pessoas com crianças de colo
- Pessoas com deficiência (PCD)
Contudo, além das pessoas com caráter prioritário em atendimentos previstos por lei, existem algumas condições de saúde que exigem da equipe técnica uma avaliação e uma classificação de prioridade de risco alto por conta da gravidade apresentada, sendo elas:
- Acidentes vasculares cerebrais (AVC)
- Choques sépticos
- Crises convulsivas severas
- Fraturas expostas
- Hemorragias graves
- Infartos agudos
- Parada cardiorrespiratória
- Queimaduras graves
- Traumatismos cranianos
Essas e outras situações que representem risco iminente à vida ou grave comprometimento da saúde do paciente devem ser analisadas pela equipe técnica responsável na intenção de estabelecer o nível de prioridade e risco.
Quais profissionais são habilitados para realização da triagem em hospitais e clínicas?
Os profissionais habilitados para realização do processo de triagem em hospitais, clínicas ou unidades de saúde são enfermeiros (nível técnico ou superior) ou médicos.
Quais os procedimentos padrões básicos devem ser mantidos em um processo de triagem?
Os procedimentos médicos podem mudar de acordo com as instituições de saúde, apesar do fato de que todas elas devem avaliar as condições visíveis do paciente no que tange às enfermidades apresentadas anteriormente.
Dentre os procedimentos básicos estão aqueles que vemos nas subseções a seguir.
Verificação dos sinais vitais básicos
- Aferição da pressão arterial, normalmente utilizada para averiguar se a pressão arterial do paciente está próxima aos padrões de normalidade (12/8) ou se estão em níveis capazes de causar um AVC.
- Verificação dos batimentos cardíacos, na intenção de identificar condições cardiorrespiratórias de risco.
- Verificação de temperatura corporal, que tem como referência o padrão de 36,5 Cº a 37,5 Cº em crianças e adultos.
- Verificação da oxigenação do sangue (oximetria), que tem por objetivo verificar se o paciente está em um estágio respiratório que representa risco para o seu bem estar.
Principalmente após as campanhas de enfrentamento realizadas no período pandêmico a partir de Março de 2020, muitos hospitais e clínicas adotaram medidas de triagem mais focadas em doenças respiratórias, uma vez que a COVID-19 apresentava um quadro de evolução respiratória que colocava o paciente em uma situação de risco, caracterizando, inclusive, a necessidade de intubação em alguns casos mais severos.
Questionário inicial no processo de triagem
Outro importante processo envolvido na triagem é o questionário de sondagem da situação real do paciente.
Nada melhor do que ouvir do próprio paciente as queixas de sua condição de saúde, as quais podem facilmente ajudar o profissional responsável pela triagem no mapeamento inicial da condição de saúde da pessoa.
Através do questionário padrão, é possível perceber se o paciente corresponde a uma das enfermidades apresentadas em uma das seções anteriores deste artigo.
Alergias a substâncias ou sensibilidades a medicamentos específicos
Além de entender a condição real de saúde do paciente, o profissional consegue avaliar se o paciente é sensível a algum tipo de medicamento, ou até mesmo alergias que precisam estar evidentes ao médico responsável pelo atendimento, já que todos esses dados indicam quais medicamentos podem ou não serem prescritos ao paciente em fase de atendimento.
Como tornar o meu processo de triagem ágil, eficiente e seguro aos pacientes
Entendemos que o processo de triagem envolve etapas que requerem muita atenção dos profissionais bem como clareza do paciente na explanação de seu estado de saúde, porém, o diálogo com o paciente não é o principal protagonista quando o assunto é tornar o atendimento ágil e eficiente.
A grande aliada em um processo limpo e capaz de reduzir o tempo de permanência do paciente na recepção clínica é a Tecnologia da Informação.
Dispor de sistemas de gestão do atendimento integrados em todas as frentes do hospital ou da clínica é primordial para que o fluxo de informações flua entre as soluções, reduzindo assim a necessidade de retrabalho em digitação de dados importantes para o atendimento.
Um forte exemplo que podemos utilizar é a solução Nuria CheckIn, que faz parte do grupo de soluções Patient Engagement.
Imagine que o paciente disponha de um ambiente virtual capaz de ser acessado a partir de um dispositivo móvel, onde o paciente solicita o atendimento de forma totalmente remota, fornecendo informações relevantes sobre seu estado de saúde bem como informações cadastrais para iniciar o atendimento.
Neste mesmo ambiente, o paciente pode verificar o horário ideal para o seu atendimento presencial, evitando assim a espera em filas desnecessárias. Além disso, pelo fato de as informações terem sido adiantadas pelo paciente, o processo de triagem acaba sendo mais rápido.
Outra grande vantagem de promover no hospital a implementação de soluções integradas para o atendimento hospitalar, é que as informações inseridas pelo paciente no Nuria CheckIn ou até mesmo presencialmente na recepção são enviadas diretamente à tela do médico responsável, auxiliando-o no processo de formação do diagnóstico.
Dessa forma, o profissional não precisa realizar as perguntas repetidamente, já que todos os dados computados no laudo da triagem já são listados ao médico antes da consulta.
Este processo agiliza o tempo de permanência do paciente dentro da consulta, já que o médico pode ir diretamente ao ponto, uma vez que as informações elementares já foram mapeadas por outros profissionais da equipe.
Para finalizar, mais uma das grandes vantagens de utilizar as soluções do Nuria Patient Engagement, é a possibilidade de manter uma comunicação de acompanhamento com o paciente após a consulta, incentivando a marcação de exames na instituição, além de poder fornecer recomendações de tratamento a fim de que o paciente se sinta amparado pela equipe médica mesmo depois de sair do hospital.
Uma tecnologia voltada a melhoria da experiência humana com os processos de saúde tem o poder de criar vínculo entre o paciente e a instituição de saúde, e isso reflete diretamente na fidelização das pessoas com sua organização
As soluções Nuria são capazes de promover e facilitar o atendimento humanizado em sua instituição, e isso não só pode mudar seus processos como também pode transformar a forma como seu hospital ou clínica é visto pelas pessoas que passam por seu processo de atendimento.
Se você deseja transformar a sua jornada do paciente através de soluções consistentes e integradas, fale com nossos especialistas e saiba mais sobre nossos cases de sucesso.