Autocuidado, mais empatia e atenção especial para a nossa saúde mental. De modo resumido, essas têm sido as palavras mais comuns durante o mês de setembro desde que, lá em 2015, iniciou-se o que chamamos de Setembro Amarelo.
Ao longo dos próximos dias, de uma coisa sabemos: nossas redes sociais serão tomadas por mensagens e reflexões sobre esses temas, assim como grandes e pequenas companhias darão um foco maior ao cuidado psicológico de cada um, sejam clientes ou funcionários. Na TV, é provável que um horário ou outro também aborde o assunto. Já nas instituições de ensino, também será impossível que a data passe batida.
Mas, afinal, você sabe do que estamos falando quando destacamos o Setembro Amarelo? Por que essa é uma campanha nobre para todos nós, independente de quem sejamos?
Como uma empresa que trabalha diariamente com o setor médico, a CM Tecnologia reconhece a importância de se discutir a saúde mental e quebrar o tabu que é abordar a prevenção do suicídio. Por isso, trouxemos um artigo completo para que você compreenda melhor o que está por trás do Setembro Amarelo e porque, acima de tudo, essa é uma pauta extremamente atual.
Que você termine essa leitura mais disposto a entender, dar a mão e, caso precise, procurar ajuda!
É chegado o mês de conscientização do suicídio
Foi em 2015 que o Centro de Valorização da Vida (CVV), junto do CFM (Conselho Federal de Medicina) e a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), lançaram a campanha de nome Setembro Amarelo — que tem como objetivo conscientizar sobre a prevenção do suicídio. A ideia do projeto era estender as ações do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, que acontece em 10 de setembro.
Tudo isso porque, ainda hoje, o suicídio permanece fazendo suas vítimas ao redor de todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa se suicida a cada quatro segundos, o que significa cerca de 800 mil mortes anualmente. No Brasil, por sua vez, o número são de mais de 30 mortos por dia, sem contar todas as tentativas.
Daí a relevância em discutir o assunto sempre que for preciso.
É claro que, ao falarmos sobre o suicídio, devemos ter um olhar atento não só à consumação, mas aos motivos que levam as pessoas a cometê-lo. O próprio site do Setembro Amarelo é enfático ao dizer que cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, como é o caso da depressão e os distúrbios bipolares. Outras razões também apontam para o abuso de substâncias, momentos de perda de controle e traumas de infância não tratados.
Mas por que o amarelo?
A escolha da cor amarela para o mês também não vem sem motivos. No entanto, é preciso voltar um pouco mais no tempo para entender a relação.
No ano de 1994, um jovem cidadão de Colorado, nos Estados Unidos, cometeu suicídio dentro de seu carro — um Ford Mustang Amarelo e seu principal passatempo na época. Após sua morte, acabaram descobrindo que o garoto, de 17 anos, viu na atitude uma forma de acabar com a própria depressão, além do sofrimento por um término de namoro.
Como uma forma simbólica de homenageá-lo, cartões com fitinhas amarelas foram distribuídas aos presentes durante o enterro. Neles, estava escrito algo do tipo: “se você está pensando em suicídio, entregue este cartão a alguém e peça ajuda”.
Não demorou muito para que a ação ganhasse proporção nacional, com campanhas se baseando no simples gesto empático da parte de seus familiares. Em diversas regiões norte-americanas, pedidos e mais pedidos de ajuda começaram a aparecer, o que comprovou a eficácia da iniciativa.
Desde então, o amarelo tem sido escolhido como a cor que representa tal movimento, cujo intuito é simples, mas de extrema relevância: dar suporte a quem necessita de algum apoio emocional.
Como ajudar (ou ser ajudado)?
Se você chegou a esse post querendo saber como ser ajudado ou ajudar quem precisa, abaixo, reunimos algumas formas de promover o cuidado de quem nos rodeia:
- Fale sobre: sobretudo em um contexto de pandemia, a falta de diálogo sobre os próprios sentimentos só tende a trazer resultados negativos para quem se esconde. Conversar é sempre a melhor solução!
- Observe certas mudanças: em você ou no outro, fique atento às mudanças provocadas nos últimos tempos. Descuido consigo mesmo, desinteresse nas atividades diárias e alterações de sono e apetite podem indicar não só doenças físicas, mas psicológicas;
- Procure auxílio profissional: na batalha contra os transtornos e depressões, nada melhor que o cuidado vindo de um psicólogo, que saberá ajudar no controle dos sentimentos ruins. Opções como terapia online e atendimentos a preço social podem ser ótimas sugestões.
- Contacte o Centro de Valorização da Vida (CVV): No número 188, as ligações são gratuitas em todo o país. Assim, é possível conversar com um voluntário em total anonimato e sigilo, preservando a própria identidade.