Uma boa gerência em saúde é fator determinante da administração hospitalar. Para alcançar os resultados esperados, é preciso que o profissional responsável pela logística da instituição saiba o que está fazendo.
Coordenar processos implica em um controle horizontal, que integre departamentos e divida responsabilidades entre pessoas competentes. O desenvolvimento passa pela adoção de tecnologias, mudança da cultura organizacional e humanização das relações.
Da admissão do paciente até a alta final existem etapas que envolvem mais do que as metodologias médicas e assistenciais. Os processos administrativos constituem parte importante do atendimento, sendo responsável por garantir a qualidade do serviço e segurança do usuário.
Gerir processos implica na estipulação de uma comunicação efetiva e na transparência de informações. Assim, é possível ter uma visão mais ampla da instituição e traçar metas específicas, desafiadoras e, ao mesmo tempo, realistas.
Existem três tipos de processo:
- primário (ou principal) – envolve o paciente de forma direta e está relacionado à atividade-fim da organização;
- apoio – garante a execução dos processos primários, fornecendo os recursos necessários ao funcionamento da organização;
- gestão – coordena os processos primários e de apoio, estabelecendo diretrizes e práticas de gerência
A gestão correta é aquela que correlaciona estes processos e coloca todos os colaboradores da instituição como parte do todo.
Cursando uma faculdade de gerência em saúde
Muitas vezes os estabelecimentos de saúde são administrados por médicos. Entretanto, com o crescimento da saúde suplementar é preciso investir em qualificação.
Existem vários cursos de gestores em saúde, incluindo o bacharelado. Com foco em diferentes áreas, os conhecimentos difundidos durante a formação aborda os sistemas e serviços que envolvem o setor.
Com disciplinas das ciências da saúde, economia, administração e geografia, destina-se aos setores públicos e privados. O profissional é preparado para gerenciar a logística, os recursos financeiros, materiais e humanos, além de controlar informações das instituições.
As opções de atuação são amplas e estendem-se à coordenação da vigilância sanitária, saneamento básico e elaboração de políticas públicas. Tudo isso com uma visão demográfica, epidemiológica e institucional.
Atualmente, só duas instituições oferecem esse curso no Brasil. São elas a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Aprimorando a gestão nas instituições de saúde
Após a formação é hora de aplicar os saberes adquiridos. Ter um planejamento estratégico é essencial para garantir o sucesso da instituição. Para isso é preciso investir em técnicas e tecnologias que facilitem a rotina em saúde.
Abaixo, separamos algumas ações que serão decisivas para garantir a lucratividade e a fidelização de usuários. Acompanhe:
Humanização
Com um atendimento mais humano, melhora-se as relações entre colaboradores e usuários, Assim, é possível ter uma atenção mais satisfatória e, consequentemente, proporcionar uma melhor experiência aos pacientes.
Contenção
Seja de custos ou insumos, fato é que o desperdício deve ser abolido. A contabilidade terá papel fundamental no gerenciamento de gastos, minimizando até o uso inadequado de materiais e medicamentos.
Marketing
Só os conhecimentos técnicos não são suficientes para garantir o sucesso de uma instituição. O marketing entra como forte aliado na análise de tendências, oportunidades e concorrência.
Modernização
Investir em softwares de gestão que podem automatizar processos poupa tempo e mão de obra. Ainda é possível integrar softwares para clínicas que ofereçam soluções como agendamento on-line, confirmação automática de pagamentos e acesso virtual aos resultados de exames e procedimentos.
Uma instrução de qualidade e métodos efetivos tornam possível administrar um centro de saúde que se destaque no mercado. Os benefícios que estas práticas trazem para a instituição são inegáveis, e incluem:
- aumento da confiabilidade e segurança dos processos;
- expansão da capacidade de produção;
- diminuição do tempo de resposta;
- redução de custos;
- apoucamento de estoque desnecessário;
- crescimento da satisfação dos usuários;
- redução da burocracia
- monitoramento de indicadores de desempenho.
As métricas da gestão também são fundamentais na gerência em saúde e devem ser levadas a sério. Não existe mágica, com ações e objetivos alinhados, a administração terá sucesso natural e sustentável, tornando-se até referência no setor.