O mundo está vivendo atualmente a chamada “terceira onda”, que envolve grandes transformações culturais e tecnológicas, afetando também a área da saúde.
Dentro disso, podemos dizer que a tecnologia vem sendo utilizada cada vez mais em todos os aspectos da área da saúde. Da sessão de atendimento ao paciente à novos tratamentos, tudo está encaminhando para um mundo totalmente tecnológico.
No início da década de 50, as organizações ao redor do mundo começaram a utilizar novas tecnologias, principalmente para automatizar processos, geralmente extremamente repetitivos e exaustivos para serem realizados por pessoas.
No Brasil, foi na década de 80 que começou a chamada “segunda onda” da tecnologia. Os processos das instituições de saúde que antes eram realizados manualmente (principalmente relacionados a contabilidade e estatística em geral), foram automatizados. Dessa forma, a TI começou a se fazer presente e necessária no âmbito da saúde.
Além disso, ela foi de extrema importância ao contribuir não só na automação, mas como na integração desses processos dentro das instituições.
A terceira onda
A terceira onda nas instituições de saúde chega para digitalizá-las de maneira quase total. Onde a tecnologia da informação não está limitada apenas em auxiliar nos processos. Mas se faz totalmente necessária. Podendo afetar todo e qualquer aspecto interno e externo da instituição.
Junto a isso, chega também o hospital digital: um conceito moderno de assistência à saúde, que permite otimizar tempo, processos e recursos.
Essa ideia inclui acesso a dados que tornam mais fácil para os gestores hospitalares a tomada de decisão e a escolha. por ações que aproveitem ao máximo os recursos já existentes sem mudar a estrutura do cenário, por exemplo.
Os gestores e investidores de saúde definitivamente conseguiram se beneficiar com as duas primeiras “ondas” da adoção da tecnologia. Dessa forma, tem sido natural que as instituições de saúde também sejam bem sucedidas ao entrarem na terceira onda.
A primeira e a segunda foram totalmente focadas em processos e logística. Já essa terceira, vem voltada para as necessidades do paciente.
Tendo como base as instituições precursoras nessa terceira onda digital. É importante começar conhecendo as reais necessidades de seus pacientes, e entenderem as preferências de seu público. Para dessa forma, se moldarem no meio tecnológico.
O futuro
A terceira onda das instituições de saúde, apesar de ser citada como o futuro do mercado, já é uma realidade. Portanto, o que esperar do futuro?
As expectativas estão em diagnósticos ainda mais rápidos e exatos, tratamentos com maiores chances de cura, e ainda, priorizar a área de atendimento.
Hoje. a rede pública já conta com aplicativos que agilizam e otimizam os atendimentos. Porém sabemos que não é toda a população que tem acesso a smartphones. E que não são todas as instituições que contam com essa ferramenta.
Por isso. Não são suficientes apenas equipamentos super modernos e softwares disponíveis em diferentes plataformas. É necessário também investir em bons profissionais. Por isso. Profissionais devem ser qualificados e bem treinados, pois eles são os mediadores entre o paciente, e este novo mundo tecnológico. E isso vai desde o atendente da recepção da instituição, ao médico cirurgião.
Segurança
Por trás de tudo isso, o principal foco da terceira onda nas instituições de saúde é torná-las ambientes cada vez mais seguros, desde a segurança do próprio paciente (evitando erros de medicação, identificação, entre outros) e do profissional à segurança da informação.
Donizeti Iouro. CEO da Lauris Consultoria. Diz que efeitos adversos dentro de uma instituição de saúde são extremamente graves e capazes de matar com maior frequência do que acidentes aéreos.
Além disso. Estudos realizados nos EUA mostram um índice de mortalidade assustador dentro das instituições de saúde. Causados por interações medicamentosas, diagnósticos errados ou eventos adversos como quedas.
Por isso, a terceira onda de saúde vem para focar os processos assistenciais no paciente.
Saúde 4.0
O conceito de “saúde 4.0” vem sendo desenvolvido com o objetivo de centralizar informações e visões completas do que ocorre dentro de uma instituição de saúde. Considerada uma central “multiparamétrica”, ela prioriza dados relevantes da instituição e envolve todos no processo assistencial.
Ela segue com o foco na segurança do paciente. O que irá promover uma transformação não só na gestão das pessoas envolvidas. Como em equipamentos e sistemas dentro da instituição.
Conclusão
Para ingressar de vez na tão falada “terceira onda”. As instituições precisam compreender a fundo as necessidades de seus pacientes e avaliar a melhor maneira de oferecer isso a eles.
Além disso. É importante também observar e pesquisar o que as outras instituições estão adotando, não de forma competitiva. Mas para entender o que agrega valor dentro de uma instituição do mesmo segmento.
E por fim. Entender que a tecnologia da informação vem de forma totalmente benéfica para a melhor gestão e funcionamento geral da instituição. O conceito da terceira onda é tratado como o futuro da saúde. Porém este futuro já está sendo vivido e a tendência é que seja cada vez mais aceito e traga melhores resultados para toda a área da saúde.