A inteligência artificial é uma área de pesquisa da ciência da computação que busca, através de símbolos computacionais gerar mecanismos e/ou dispositivos que consigam basicamente reproduzir a capacidade do ser humano de pensar, resolver problemas.
Obviamente, não demoraria muito para que essa tecnologia compreendesse a saúde e suas pesquisas intermináveis.
Os médicos foram cativados pela inteligência e capacidade dos computadores que processam um número grande de informações. Isso sem contar a influência positiva que a IA pode ter na medicina como obtenção de diagnósticos e outras coisas.
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O início e a história da IAM (inteligência artificial em Medicina)
Dando sequência ao que falamos acima, os profissionais da saúde e da ciência da computação tem se unido, há muito tempo para criar uma nova área de pesquisa, a IAM (Inteligência Artificial em Medicina).
Estes profissionais norte-americanos tinham uma visão esperançosa sobre a maneira com que a IAM poderia revolucionar a medicina e a tecnologia. As primeiras pesquisas foram iniciadas em grandes universidades americanas, como:
- MIT (Massachusetts Institute of Technology);
- Tufts University;
- University of Pittsburgh…
Este trabalho atraiu rapidamente muitos dos melhores cientistas da época (anos 70 e 80), e até hoje é uma referência na história da IAM, por ter sido um período extremamente produtivo.
Os pesquisadores Clancey e Shortliffe, em uma revisão sobre o tema em 1984, deram a seguinte definição a IAM:
“Inteligência Artificial médica se preocupa primariamente com a construção de programas de IA que realizam diagnósticos e fazem recomendações terapêuticas.”
Atualidade e inteligência artificial
Os programas de inteligência artificial e medicina não são métodos totalmente baseados em estatísticas e probabilidades, como na maioria dos casos.
Eles são, na verdade, baseados em modelos simbólicos de essência nosológica e se relacionam com os fatores ligados ao paciente e a suas manifestações clínicas. Sendo a nosologia a ciência que trata da classificação das doenças.
Atualmente, a diagnose tem recebido menos atenção no que diz respeito ao apoio computacional e tecnológico para realizá-la.
Mesmo sendo foco de inúmeras pesquisas, os sistemas especialistas da medicina diagnóstica atualmente são concentrados apenas em:
- Laboratórios;
- Ambientes educacionais, para controle e alerta de doenças;
- Ambientes de medicina intensiva.
Passada a exaltação inicial que envolveu a promessa da criação de tecnologias de apoio à diagnose nos últimos 10 anos têm sido um tanto quanto decepcionantes no que diz respeito a essa tecnologia. Mesmo após terem comprovado sua eficácia e credibilidade em inúmeros momentos, pouco se evoluiu.
Grande parte dessa “decepção” está relacionada com a forma inadequada com que os sistemas da inteligência artificial foram adaptados à prática clínica, e à falta de percepção das instituições aos reais benefícios desta tecnologia, quando executada de maneira apropriada.
Vantagens na adoção da IAM
São inúmeros os benefícios que a inteligência artificial pode trazer para a medicina, veremos alguns, a seguir:
Lembretes e notificações em tempo real
Com alguns aparelhos que possuem o sistema de inteligência artificial, o profissional da saúde é notificados em tempo real, caso haja modificação no estado de saúde do paciente.
Dados armazenados na nuvem
No sistema de inteligência artificial, os dados dos sistemas ficam armazenados na nuvem.
Isso promove maior organização e segurança de informações, se acontecer de dados serem perdidos, eles poderão ser facilmente recuperados.
Reforço no diagnóstico
A maior vantagem da Inteligência Artificial na medicina é, sem dúvidas, o auxílio na diagnose de patologias. Sabemos que nem todo caso é diagnosticado com facilidade, mas com essa tecnologia o processo se tornará consideravelmente mais tranquilo com análises muito mais seguras.
Esse aspecto também engloba a interpretação e reconhecimento de laudos médicos para exames de imagem como radiografias, ressonância magnética e tomografias, que também serão beneficiados.
Auxílio na Telemedicina
A telemedicina utiliza de tecnologias da informação e telecomunicações para o fornecer, à distância, informações e atenção médica à pacientes e profissionais de saúde.
Nos últimos tempos, ela tem tido importância nas instituições de saúde por ser uma alternativa acessível de análise de resultados de exames comuns e pela possibilidade de laudar à distância.
Associação de sintomas a possíveis doenças
É comum que um conjunto de sintomas diferentes em um paciente indique mais de uma doença. Entretanto, diagnosticar cada doença costuma ser um processo complicado e trabalhoso.
A partir da inteligência artificial, os sintomas poderão ser associados automaticamente dentro do sistema, e relacionados com o histórico do paciente produzindo uma alerta para possíveis doenças.
Desafios e cenário no Brasil
Um desafio dos desenvolvedores de inteligência artificial está em caracterizar corretamente os pontos da medicina que mais precisam destes sistemas.
No Brasil, podemos encontrar programas baseados na inteligência artificial em algumas instituições como o Hospital Israelita Albert Einstein, onde há aparelhos de imagem capazes de apontar possíveis doenças e notificar o médico automaticamente.
Além do que citamos, eles possuem equipamentos que enviam sinais vitais do paciente diretamente para os prontuários, entre outros recursos avançados.
Apesar disso, a IA no Brasil ainda deve demorar para crescer! Em 2016, o governo investiu R$67 milhões em três supercomputadores que aumentam 10x a capacidade de armazenar dados do SUS.
Provavelmente, as máquinas não serão plenamente utilizadas, segundo o Ministério da Saúde, menos da metade do país usa o programa de registro de dados e informações de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. Além disso, alguns sistemas de IA funcionam apenas após registro pessoal e computadorizado de cada médico da instituição.
Essa informatização no SUS permitiria o acesso a uma grande base de dados e contribuiria com o avanço da IAM. Infelizmente pela já conhecida falta de estrutura o projeto não atingirá resultados grandiosos.
Conclusão
Felizmente, a tendência é que com o passar do tempo, esses problemas diminuam ou deixem de existir. As instituições devem se abrir mais às tecnologias recentes, para além da chamada tecnofobia que existe na área da saúde.
Essa resistência à qualquer tipo de tecnologia (que tendem a trazer benefícios) é algo que só vai atrasar a instituição para o progresso!
A ideia de tecnologias como os sistemas de IAM são, em sua maioria, propostos para auxiliar os médicos e profissionais de saúde em suas atividades diárias, de maneira moderna e segura. Por essa razão é tão importante abrir a cabeça!
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