Você consegue imaginar o que seria da área da saúde sem as soluções de TI? Hoje, mais do que operar para o funcionamento dos dispositivos de trabalho, a tecnologia tem sido parte imprescindível da detecção de doenças, seu tratamento e o armazenamento de dados do paciente. Entender um pouco mais sobre o tema, nesse sentido, pode ser interessante não só para entender o que tem se inovado dentro do setor, mas antecipar as tendências que vêm por aí.
Do atendimento ao usuário à gestão hospitalar, os aparatos tecnológicos parecem estar em todo lugar. Com isso em vista, um dos comprometimentos do HIMSS (Healthcare Information and Management Systems Society), conferência que reúne profissionais de saúde, de médicos a profissionais de TI especializados, é transformar todos os setores do ramo por meio do tecnológico… Um caminho justo para algo cada vez mais efetivo dentro de clínicas e hospitais.
Dentre as maiores tendências tecnológicas em organizações de saúde, destacamos a utilização da nuvem para armazenar dados, o prontuário eletrônico e o uso crescente de robôs para procedimentos cirúrgicos. Optar pela tecnologia na gestão de doenças, sempre com foco no paciente, também tem sido prioridade de diversas instituições por aí, que perceberam no virtual uma forma de facilitar a vida de quem é atendido.
É… pelo visto, o tema é longo e está longe de acabar. Mas não se preocupe: se o que você procura é entender outras tendências tecnológicas como as já citadas acima, a CM separou um conteúdo completinho para te situar no assunto. Confira abaixo e nos conte se sua organização já tem utilizado a Internet a seu favor. E lembre-se: quanto maior o investimento, melhores os resultados.
Cloud Computing
Cloud computing é a tecnologia que armazena os dados do sistema na nuvem. É, atualmente, o serviço que mais vem sendo adotado pelas instituições de saúde, pela praticidade e segurança que garante no armazenamento dos dados da instituição.
Entre suas vantagens, estão o fato de que as informações, estando na nuvem, pesam menos o hardware, algo que facilita o acesso por parte de quem as acessa. Ainda, o armazenamento na nuvem representa mais segurança em relação ao que está sendo guardado, já que os dados armazenados são criptografados.
No ano passado, uma pesquisa da State of The Cloud Survey revelou que 96% das empresas já utilizavam serviços terceirizados de cloud computing, sejam eles privados ou públicos, para guardar suas informações.
Big Data
De forma geral, big data é o termo que se refere à análise e interpretação de um volume amplo de dados. Todas as informações e registros, após sua coleta, podem ser usados de acordo com o interesse da organização: vender produtos, prever futuros problemas ou, no caso das instituições de saúde, cruzar dados de pacientes.
A área da saúde tem registrado uma explosão de dados vindos das mais diferentes origens, entre registros médicos eletrônicos, smartphones que monitoram as atividades dos pacientes, alertas em tempo real, armazenamento eletrônicos de resultados de exames e dados do paciente, dados genéticos que impulsionam a medicina personalizada,e prontuários eletrônicos do usuário.
Atualmente, as três áreas mais favoráveis para o uso de big data em saúde são a medicina de precisão, prontuários eletrônicos do paciente, e a “internet das coisas”. Um estudo da IBM ainda estima que, em 2020, o setor de saúde irá gerar em todo o mundo 25 mil petabytes de informação, mais de 5000% acima dos que nos oito anos anteriores.
Softwares de agendamento online
A marcação de consultas ainda é considerada um problema na área médica. Em algumas instituições de saúde, agendar um procedimento é tão complicado que muitas pessoas preferem se automedicar do que buscar ajuda profissional. Isso porque ligar para um call center, principalmente em horários de pico, pode ser uma tarefa bem cansativa e estressante.
Por isso, a adesão à ferramentas de agendamento online é uma grande tendência na área da saúde. Como sempre falamos, a experiência positiva do paciente será um dos principais diferenciais por fazê-lo escolher sempre a sua instituição no lugar de outras.
Algo que antes tomava muito tempo da pessoa que desejava marcar uma consulta, agora, pode ser feito com apenas alguns poucos cliques, em poucos minutos. Em vez de precisar ligar para a clínica ou hospital, basta entrar no site da instituição e realizar o agendamento online, com poucos cliques.
Dessa forma, a experiência do paciente passa a ser bem melhor, além da economia com mão de obra ser bastante significativa: reduz em torno de 80% os custos com atendimento.
Wearables devices
Os wearables devices são, na tradução literal, dispositivos “vestíveis”. São óculos, pulseiras, camisetas, relógios, que possibilitam o monitoramento de informações de saúde como pressão arterial e índices de glicose, entre outros.
Segundo dados apresentados pelo HIMSS (Healthcare Information and Management System Society), em 2016, já existiam mais de 300 instituições de saúde que faziam uso dos wearables devices. Dois anos depois, esse número só tende a aumentar.
Estes dispositivos podem promover a prevenção e o controle de inúmeras doenças, além de melhorar a experiência dos pacientes. Uma empresa desse segmento que está em grande destaque nos Estados Unidos e agora se expandindo mundialmente é a Fitbit, que comercializa devices que estimulam as pessoas a serem mais saudáveis e praticar atividade física.
Computação Cognitiva
A computação cognitiva torna possível não só processar um grande volume de dados vindos de inúmeras fontes, mas aprender com eles de uma forma similar à humana. Dessa forma, algoritmos são capazes de trabalhar com linguagens variadas (compreendendo suas variações), como no caso da loja de departamento Macy’s, que possui um aplicativo que reconhece as perguntas dos clientes e as responde.
No setor hospitalar, isso certamente favorecerá o tratamento de muitos pacientes. Um bom exemplo a ser utilizado é de um médico oncologista que necessita analisar muitos dados em relação a um paciente e a suas condições. Nisso, ele pode lançar os dados em um computador e, por meio dele, receber as inúmeras alternativas de tratamentos e chances de cura através de um sistema.
Você já ouviu falar no famoso sistema Watson, da IBM?
Ele consiste em um sistema de perguntas e respostas criado para o processamento avançado de recuperação de informações, raciocínio automatizado e técnicas de aprendizado de máquinas. Pode ter inúmeras aplicações, mas sua possível maior conquista foi a capacidade, a partir de 2014, de fornecer tratamento personalizado a pacientes com câncer no cérebro.
Machine Learning
O machine learning também está entre as tendências extremamente relevante no que se diz respeito ao ecossistema atual que lida com grande volume de dados de uma instituição. Ele é um grande passo para se acompanhar o quadro de algum paciente, indo além dos restritos dados clínicos ao combinar informações de fontes diferentes para prever resultados e diagnósticos individuais.
Mobile Healthcare
Há quem diga que o mobile healthcare é a grande tendência do momento, independente da área de atuação. Basicamente, ele consiste no uso de aplicativos para celulares smartphones para que os pacientes consigam interagir diretamente com as instituições de saúde e com seus médicos.
De acordo com uma pesquisa da empresa de tecnologia e saúde Greatcall, em 2017, 80% dos médicos utilizavam smartphones e aplicativos da área, bem como 93% acreditava que tais recursos móveis podem melhorar a saúde do paciente. Aparentemente, ao que tudo indica, eles não estavam errados, não é mesmo?
Tecnologia e saúde
Diante de tanta novidade, parece óbvio dizer que a tecnologia prova sua importância desde a conversão do papel para modelos de documentos eletrônicos, gerando dados digitais mais fáceis de movimentar e mais seguros. Com o investimento que a área da saúde precisa e merece, as ferramentas tecnológicas permitem que ela caminhe cada vez mais para uma realidade sem erros.
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