Um indicador é uma unidade de medida das atividades de uma instituição, de qualquer área.
Ele é utilizado como parâmetro que irá monitorar e avaliar a qualidade dessas atividades, e nas instituições de saúde, avaliam principalmente os cuidados direcionados aos pacientes e os serviços de suporte.
Os indicadores de desempenho são as métricas que irão avaliar a atividade da instituição de acordo com os objetivos impostos pela gestão.
A importância do indicador de desempenho está em identificar as ações da instituição que estão corretas, dando certo, e principalmente as que não estão. Dessa forma, é mais fácil saber as mudanças e otimizações que devem ser feitas para melhor funcionamento da organização.
Tipos de indicadores
Benchmarking
Entre os indicadores de desempenho, existe o Benchmarking, que possui o objetivo de identificar, através da comparação de serviços, processos ou práticas da instituição, o que é melhor para ela e seu mercado, e conseguir alcançar um bom nível de competitividade sobre as instituições concorrentes.
Existem diversos tipos de Benchmarking, e iremos falar sobre cada um deles a seguir.
Benchmarking interno
O benchmarking interno é a comparação de processos semelhantes que acontecem em áreas diferentes da instituição de saúde, como por exemplo, o atendimento prestado na recepção do hospital e no pronto socorro.
O Benchmarking interno é muito interessante para as organizações, por trazer algumas vantagens como a facilidade ao coletar a maioria dos dados, redução de custos, resultados rápidos, entre outras.
Benchmarking funcional
O benchmarking funcional é um apêndice do benchmarking interno, porém neste caso, a comparação é de processos semelhantes entre hospitais diferentes, e que atuam em mercados distintos.
Benchmarking genérico
O benchmarking genérico trata-se do sistema de reformulação contínua dos processos de uma empresa. Exemplo: a contínua comparação da produtividade de várias células (áreas e subáreas) de produção de um hospital.
Benchmarking competitivo
Já o benchmarking competitivo é a forma mais comum do benchmarking. Ele é a comparação de processos semelhantes entre instituições concorrentes diretos. Isso quer dizer duas instituições do mesmo mercado, por exemplo dois institutos de medicina diagnóstica por imagem.
PDCA: Plan, Do, Check, Act
O Ciclo PDCA é uma ferramenta de gestão de projetos desenvolvida por W. Edwards Deming, também conhecido como ciclo de Deming.
Este é um instrumento utilizado para a melhoria contínua da qualidade, visando o tratamento dessas oportunidades.
- Plan (planejar): Começa com o reconhecimento de um problema que precisa de melhoria, o qual é estudado usando artigos de consenso ou de pesquisa. Em seguida, vem a análise do processo em questão, que inclui a avaliação do pessoal, procedimentos e equipamentos envolvidos com a seleção de um elemento do processo que possa ser o responsável pelos resultados. Por fim, ocorre o planejamento de uma intervenção.
- Do (fazer): envolve a coleta de medidas de desempenho antes e depois da implementação da mudança. Essas medidas devem incluir uma mensuração do resultado esperado e do suposto elemento do processo.
- Check (checar): o resultado da nova prática implantada é então estudado para avaliar se ocorreu melhora dos resultados.
- Act (agir): se o resultado for positivo, as práticas clínicas vão sendo aperfeiçoadas para se tornarem permanentes. Se não ocorrer a melhora esperada, então um novo elemento do processo potencialmente envolvido no desfecho é selecionado e um novo ciclo se inicia. A melhora inclui também a redução de porcentagens e a redução da variabilidade das percentagens ao longo do tempo.
A utilização de indicadores de desempenho
Como vimos, existem inúmeros tipos de indicadores que fornecem uma diversidade de informações que podem se ajustar em categorias.
Dentre alguns deles, podemos citar os seguintes:
Indicadores de qualidade
Os indicadores de qualidade são muito associados aos indicadores de produtividade, pois ajudam a identificar qualquer desvio ou não conformidade que pode ter ocorrido durante o processo produtivo.
Ele é a relação entre tudo que foi produzido na instituição e estas que estão sem defeitos ou inconformidades.
Indicadores de capacidade
Os indicadores de capacidade medem a capacidade de resposta de algum processo. Um exemplo de indicador de capacidade pode ser a quantidade de atendimentos e/ou consultas que a instituição realizou por mês, ou qualquer período de tempo pré determinado.
Indicadores de produtividade
Os indicadores de produtividade podem se relacionar tanto com a produtividade resultante da equação hora/colaborador quanto da hora/máquina.
Isso quer dizer que eles se relacionam com o uso dos recursos da empresa com relação à eficiência do serviço prestado, seja pelo funcionário ou pelas ferramentas que a instituição adota.
Indicadores estratégicos
Os indicadores estratégicos são aqueles que permitem que os gestores identifiquem quais são os pontos fortes da instituição e acompanham se as metas estabelecidas foram alcançadas, os avanços obtidos, a correção de problemas e quais são as mudanças necessárias.
Índice de turnover
O índice de turnover avalia o grau de rotatividade e desligamento dos funcionários da instituição. Um alto índice de turnover pode indicar problemas de gestão, liderança, entre outros.
A instituição não deve se atentar apenas aos problemas externos, relacionados a pacientes. Até porque muitos deles ocorrem resultantes de problemas de gestão interna.
O nível de turnover é calculado a partir do tempo médio de permanência de cada funcionário na empresa.
A fórmula mais utilizada é a de número de demissões somado ao número de admissões dividido por dois. Depois dividido pelo total de funcionários.
Este indicador de turnover é importante para que a instituição consiga identificar e entender seus problemas e criar ações para solucioná-los.
Indicador de lucratividade
O indicador de lucratividade tem a ver com a gestão financeira da instituição. Ele é o cálculo do percentual de lucro sobre o faturamento. E pode ajudar a identificar quais ações têm trazido resultados positivos e quais devem ser melhoradas ou mesmo modificadas para alcançar melhores frutos.
Conclusão
Estabelecer e reforçar o processo de gestão de qualidade e desempenho da instituição significa sempre melhorar e otimizar os processos e atividades de todos os setores da organização, principalmente quando se trata da assistência ao paciente.
Sabemos que o caminho do sucesso é sempre a busca da melhoria. Correção de possíveis erros e o ajuste constante das práticas para que a instituição possa se consolidar em um nível competitivo com outras instituições de saúde do mercado.
Portanto, fazendo o uso dos indicadores de desempenho citados ao longo do texto. A avaliação de todos estes fatores é facilitada. E irá ajudar no trabalho dos gestores hospitalares ao saberem quais as medidas deverão ser tomadas.
É importante que as análises dos indicadores seja feita com frequência. Comparando os dados de períodos diferentes, para assim avaliar quais atitudes e intervenções estão trazendo bons resultados e quais precisam melhorar.
Nessa área, as instituições devem deixar de serem entendidas apenas como locais de promoção, prevenção e assistência aos pacientes e começarem a ser vistas como organizações que necessitam de gerenciamento e foco no paciente.
Ainda é importante lembrar que os indicadores de desempenho só trazem resultados satisfatórios quando se encontram alinhados às estratégias da instituição. E que o gestor esteja disposto a acompanhar cada resultado. Do contrário, eles seriam indiferentes.
Por fim, independentemente de qual categoria os indicadores estiverem, lembre-se de que todos são igualmente importantes para a organização, pois como dissemos ao longo do texto, são eles que fornecem os resultados e a visão que a instituição precisa para poder crescer e avançar no mercado, e atingir cada objetivo estabelecido.
Fique ligado nos canais da CM Tecnologia para mais dicas e conteúdos sobre a gestão da sua instituição de saúde!