A correta gestão de internações dentro das instituições de saúde passa por diversos fatores. Isso inclui tanto a adoção do método ABCDE do trauma quanto a melhora da taxa de giro de leito.
Gerenciar leitos, além de melhorar a atenção aos pacientes, é um fator fundamental para a competitividade dos hospitais. Estando diretamente ligado à lucratividade e saúde financeira das entidades, é determinante para a sobrevivência em um mercado tão concorrido.
Quanto maior for o giro de leito, mais pacientes serão atendidos com a mesma quantidade de recursos. Além disso, mais cirurgias são feitas e, consequentemente, mais dinheiro é movimentado no caixa.
Outras vantagens são a diminuição de desperdício, maior qualidade assistencial e satisfação dos pacientes.
Identificar os pontos de melhoria é o primeiro passo para aumentar a taxa de giro de leito. Isso é possível por meio de indicadores, que serão apresentados a seguir, acompanhe!
Indicadores que melhoram a taxa de giro de leito
Basicamente, o que melhora a taxa de giro de leito é reduzir o tempo médio de permanência (TMP) do paciente. Mas, para que isso seja possível, é preciso mapear o fluxo de entrada e alta.
O foco central deve ser sempre na saúde e bem-estar dos usuários. Por isso, a administração hospitalar precisa ter controle da assistência prestada, realizando avaliações frequentes, por meio de indicadores.
Só assim é possível identificar o que está sendo bem executado e melhorar o que precisa ser mudado. Os indicadores que auxiliam nesta missão, estão apresentados a seguir:
Taxa/Percentual de Ocupação
É a relação percentual entre a média de doentes-dia e a capacidade operacional hospitalar.
Seu cálculo é feito pela média de doentes-dia multiplicado por 100 e dividido pelo número de leitos operacionais.
Média de Permanência
É a relação entre o total de doentes-dia em um período e o total de altas, transferências ou óbitos.
O cálculo é feito pela divisão de números de doentes-dia em um período pela quantidade de saídas no mesmo período.
Giro/Índice de Rotatividade
É a representação da utilização do leito hospitalar em um determinado período considerado.
Calcula-se pela divisão do número de pacientes saídos, durante determinado período, pelo número de leitos à disposição no mesmo período.
Intervalo de Substituição
É o tempo médio que um leito permanece desocupado entre a saída de um paciente e a admissão de outro.
Calcula-se pela multiplicação da taxa de desocupação pela média de permanência em dias dividida pela taxa de ocupação.
Dicas para aumentar a taxa de giro de leito
Os eixos que devem ser considerados na hora de adotar medidas para aumentar a taxa de giro de leito são:
- fluxo de entrada – é preciso agilizar o início do tratamento;
- fluxo de alta – é preciso conduzir os pacientes à alta hospitalar;
- sustentabilidade – as melhorias devem ser contínuas.
Com esse embasamento, algumas dicas são:
- Readequar o agendamento do centro cirúrgico para aproveitar melhor a capacidade dos leitos.
- Organizar o fluxo de entrada dos pacientes cirúrgicos eletivos.
- Adotar um sistema eletrônico que permita uma alocação dinâmica e integrada dos leitos.
- Fazer com que todos os profissionais envolvidos tenham acesso às previsões de alta.
- Gerir os casos de longa permanência para a desospitalização adequada.
- Montar um programa de hospitalização diária para quadros mais simples. Assim, o horário de altas é seguido, já que não há turno da noite para esses casos.
- Controlar indicadores de desempenho, metas e projetos de melhoria.
- Planejar bem as mudanças.
- Ter o envolvimento de todos os profissionais no processo.
- Gerenciar o tempo de todas as etapas. O que inclui tempo médio de internação, tempo de alta, tempo de liberação do leito para higienização, tempo médio higienização e composição do leito.
- Realizar auditorias de sustentabilidade, que monitorem se os novos estão sendo cumpridos.
Com essas ações é possível diminuir o tempo ocioso dos leitos hospitalares. Consequentemente, há aumento na satisfação do usuário com o serviço prestado e maior lucro.
Além da aumento da taxa de giro de leito, existem outras maneiras de diminuir o tempo médio de atendimento (TMA) nas instituições de saúde. Lembre-se que o crescimento do hospital começa com pequenas mudanças organizacionais!